sábado, 13 de outubro de 2012

Redação sobre Mudança - Futuro


Tema: entre mudanças lentas e rápidas, a humanidade vai construindo o futuro.
“ se  a gente quiser, ele vai pousar”
                Entre passos e voos o homem construiu um mundo de possibilidades. Tais construções garantem que as decisões do presente sejam produções de um amanhã pautado na melhor condição de vida ou fim da espécie humana. Decidir qual trilha seguir depois de tantas estradas é a condição de produção da aquarela do século XXI.
                Dos primeiros passos do Homo erectus  até a chegada do homem na lua, avançamos sem precedentes. Em alguns aspectos as lutas foram quase invisíveis – das mulheres em séculos de busca por igualdade de gênero, ou mesmo da transição do período feudal para o tecnológico. Ainda assim, foram passos-batalhas para que chegássemos ao tempo em que a geografia e as conjunturas socioeconômicas permitem o delineamento de futuros melhores.
                Na rapidez acelerada dos dois últimos séculos andamos em veículos automotores e descobrimos o poder de voar. No bojo desses desvendamentos também destruímos, em segundos, cidades japonesas e em um século utilizamos mais recursos naturais que outras gerações. Rápidos e mortais caminhamos para o mundo de pausa e reflexão ou avanço e destruição – decisão que produzirá “ nosso sol amarelo” e “ nossas  chuvas e guarda-chuvas” enquanto caminhamos para o muro onde “ o futuro está.” 
                Para Milton Santos, os futuros são muitos e são produzidos com armas do presente. Com esses instrumentos, entre acelerados passos podemos produzir “novas aquarelas de um futuro-astronave que tentamos pilotar” afinal, mesmo não podendo adivinhar o tempo que virá, temos ao menos o direito de imaginar como queremos que seja.  Preferencialmente  fácil  como o castelo de Vinicius. 





O que está por vir
 Anna Beatriz Alcântara

      O mundo é formado não apenas pelo que existe no presente, mas pelo que pode efetivamente existir. Durante o perpassar histórico o homem foi capaz de fazer das ferramentas vigentes instrumentos para projetar para o futuro um mundo que atenda às suas aspirações. Portanto, da Era medieval à pós-modernidade, as mudanças, sejam elas rápidas ou lentas, permitem sonhar com um futuro possível.
     A humanidade convive com a possibilidade de construção de muitos futuros. Os anseios franceses de liberdade, igualdade e fraternidade fizeram como que a clarividente sociedade, submissa ao desmonte do Estado de bem estar social, lutasse por mudanças que possibilitariam um futuro melhor. Partindo de tal égide, diante das mais diversas realidades, existem condições favoráveis para a realização de mudanças que planejem para o futuro o atendimento dos anseios da sociedade.
      A dinâmica das transformações sociais ao longo da história constrói o que está por vir. Da estagnação cultural e econômica presente da Idade Média ao Boom demográfico que modificou os centros urbanos, o homem provoca mudanças que constroem seu próprio futuro. Portanto, o mundo de hoje, é apenas um longo caminho do desenvolvimento histórico, uma vez que, diante da lógica do capitalismo globalizado, está sujeito a mudanças possivelmente mais rápidas e intensas.
      Fica claro que, o futuro é, para a humanidade, o resultado das mudanças em todas as esferas sociais ao longo a história. Portanto, atitudes novas de novos homens fazem, a partir do presente, projetar um futuro que garanta a manutenção do estado de bem estar social aos cidadãos e o atendimento de suas aspirações. 

Tema de Redação - Vivemos num mundo ser heróis?


       Pela retomada dos antigos valores
Stephanie  dos  Anjos  
       O Realismo literário abandonou a idealização romântica pela proposta de uma análise mais profunda da psique humana. Nesse contexto, o bem e o mal deixaram de ser elementos excludentes, demonstrando a dificuldade em defini-los com base no relativismo pós-moderno. Seguindo essa premissa, o conceito heroico do passado foi desmistificado por uma concepção baseada nos princípios da era contemporânea.
       No limiar do século XIX, já estava evidenciado que o ser humano abrigava uma complexidade muito maior do que o embate bem X mal. O ideal proposto por Nicolau Maquiavel -os fins justificam os meios- se faz completamente presente na sociedade que imprime importância apenas na conquista de seus interesses, independentemente de utilizar-se de atos bons ou ruins. Nessa perspectiva, a figura do herói medieval foi abandonada pela valorização dos novos parâmetros – relativismo, como base principal.
      Partindo desses aspectos, percebe-se que mesmo ocasionando na existência de opressores e oprimidos, o individualismo capitalista consagra herói aquele que acumula as riquezas e detém o sucesso pessoal típico desse modelo perverso. A Liga da Justiça está enfraquecida, já que o indivíduo fechou-se em um mundo que só permite a entrada de si próprio, incapacitando-o de agir em benefício do outro. Com base nessa égide, o egoísmo exacerbado desfaleceu os caminhos do heroísmo verdadeiro, arruinando o âmbito social.
      A contemporaneidade traz em seu bojo um heroísmo forjado. A carência do altruísmo torna fundamental a redescoberta dos antigos heróis que se esvaziavam de si em função do seu semelhante ou de uma causa. Para tanto, é preciso estabelecer como meta principal a conquista de um mundo não só melhor, como efetivamente possível. 


Tema  inspirador: 
Proposta de Redação

Super-homem
Jorge Vercilo
Eu adoro andar no abismo
Numa noite viril de perseguição
Saltando entre os edifícios
Vi você!...
Em poder de um fugitivo
Que cercado pela polícia
Te fez refém
Lá nos precipícios
Foi paixão à primeira vista...
Me joguei de onde o céu arranha
Te salvando com a minha teia
Prazer!
Me chamam de Homem-Aranha
Seu herói!...
Hoje o herói aguenta o peso
Das compras do mês
No telhado, ajeitando
A antena da tevê
Acordado a noite inteira
Pra ninar bebê...
Chega de bandido pra prender
De bala perdida pra deter
Eu tenho uma ideia:
Você na minha teia...
Chega de assalto pra impedir
Seja em Brasília ou aqui
Eu tive a grande ideia:
Você na minha teia...

Ideologia
Cazuza
Meu partido
É um coração partido
E as ilusões
Estão todas perdidas
Os meus sonhos
Foram todos vendidos
Tão barato
Que eu nem acredito
Ah! eu nem acredito...
Que aquele garoto
Que ia mudar o mundo
Mudar o mundo
Frequenta agora
As festas do "Grand Monde"...
Meus heróis
Morreram de overdose
Meus inimigos
Estão no poder
Ideologia!
Eu quero uma pra viver
Ideologia!
Eu quero uma pra viver...





Bem, as coisas mudam rapidamente, nossos heróis são meras lembranças esfarrapadas e mofadas, com o malvado tempo que passa ligeiro. Essa informação pode dar um nó na mente de muitos, pode trazer novos elementos e paradigmas para outros, mas pode também trazer em seu bojo uma conjuntura multifacetada que mobiliza ...para uma formulação plural...
A pós-modernidade gera uma gama de heróis que não tem clareza do que são, se são heróis ou não. A relativização é uma fome constante de se observar um ser não ser, um não ser o que não importa. Por isso os “nossos heróis morreram de overdose” (Cazuza).
Na TV era claro identificar quem era o mocinho e quem era o bandido. Hoje não se vê mais características afins do Brutus ou Lex Luthor, isso é realmente insano, pois os heróis caíram do cavalo e se mostram não como um pólo único positivo, eles não são mais capazes de morrer por sua missão, eles até dão um jeitinho para vencerem, mesmo que isso não seja correto.
Essa relativização é alienante, pois gera um grupo de pessoas que não teem uma formulação concreta de axiomas.
Mataram nossos heróis, mas pelo menos lembramo-nos deles. O que fazer com essa geração sem super-heróis?  O que pensar de alguém que não terá como paradigma o super-homem-de-aço que destrói o inimigo e tudo fica em paz? O que vivenciar em uma geração que não sabe que lado (bem ou mal) está o personagem central de seus quadrinhos? O que pode nascer? Desesperança? Caos? Pânico? Talvez ninguém queira saber mais do Capitão América ou do Lanterna Verde, mas nós sabemos e sabemos de que lado eles estão.
Proposta de Redação:  Considerando as reflexões acima e  seus conhecimentos acerca do tema produza um texto dissertativo-argumentativo sobre  o seguinte tema:
Vivemos num mundo sem heróis?
·         Seu texto deve conter aproximamente 30 linhas
·         Não é permitido cópia da coletânea
·         Dê título ao seu texto


Tema de  Redação – Vivemos em um mundo sem heróis
Barema simplificado
Discussões esperadas:
(     ) Tratou da pós-modernidade e da dificuldade em definir o bem e o mal
(    ) Fez alusão histórica a construção dos  heróis do passado e de eu o mundo hoje traz novos conceitos de heróis .
(     ) trabalhou o conceito da ausência de herói fazendo um recorte da geração de hoje que não tem envolvimento político e não se interessa por questões sociais.
(      )  Trabalhou a  ideia do capitalismo e individualismo que  cria homens preocupados  com seus próprios interesses e não abre espaço para o conceito de heroísmo.
(      ) escreveu sobre jovens que ao invés de mudar o mundo hoje desejam só conquistas materiais.
(        ) Produziu outra que poderia ser cabível para o tema.
Discussões não aceitas
(    ) Tratou da ideia de pai como herói  fazendo uma leitura de trechos do texto de  Jorge Vercilo.
(    ) Tratou apenas da questão do herói no âmbito do Brasil
(     ) Tratou dos heróis da infância sem uma relação com a resposta a pergunta do tema que baseava-se no hoje.
(    ) Não escreveu sobre esses recortes, mas produziu discussões não cabíveis  para o tema.
  Aspectos gramaticais – (200)
( 0,5)  - Escreveu  no formato ideal do texto dissertativo respeitando margem, linhas, letras legível e parágrafos divididos entre introdução – desenvolvimento – conclusão.
(0,5) –  Texto com pontuação adequada  e uso de conectivos que auxiliam na construção do sentido do texto.
(0,5) – Texto com satisfatória apresentação de palavras  com grafia correta.
(0,5) –  concordâncias verbal e nominal adequadas.
Estrutura e fontes – várias  áreas do  conhecimento  (200)
( 2,0) – A introdução apresenta  com clareza o argumento + exemplos pertinentes correspondentes a campos como arte/ filosofia/ história/ atualidades/ argumento de autoridade.
(1,5) –  A introdução apresenta o argumento e esse é bem explicado e possui exemplos.
(1,0) – Há uma relação entre argumento da introdução + explicação + exemplos, porém as fontes dos exemplos são senso comum ou a explicação não ficou muito clara.
(0,5) Não há relação direta entre o argumento da introdução e a explicação do desenvolvimento.
(0,5) O argumento foi explicado, mas sem os exemplos  para fundamentá-lo.
(0,5)  Há exemplos pertinentes, mas não há uma ligação entre o desenvolvimento e a introdução.
Desenvolvimento e análise  de  fontes e  conhecimento de  mundo   (200)
( 2,0) – A introdução apresenta  com clareza o argumento + exemplos pertinentes correspondentes a campos como arte/ filosofia/ história/ atualidades/ argumento de autoridade.
(1,5) –  A introdução apresenta o argumento e esse é bem explicado e possui exemplos.
(1,0) – Há uma relação entre argumento da introdução + explicação + exemplos, porém as fontes dos exemplos são senso comum ou a explicação não ficou muito clara.
(0,5) Não há relação direta entre o argumento da introdução e a explicação do desenvolvimento.
(0,5) O argumento foi explicado, mas sem os exemplos  para fundamentá-lo.
(0,5)  Há exemplos pertinentes, mas não há uma ligação entre o desenvolvimento e a introdução.
Conclusão (2,0)
(0,5) Há uma relação entre a introdução e a  conclusão.
(0,5) Há uma síntese dos desenvolvimentos.
( 1,0) Há um ponto de vista pertinente que responde ao questionamento da presença do herói na contemporaneidade.

Originalidade (2,0)
(0,5) – No texto há construções que demonstram uma escrita peculiar que foge do padrão de dissertações por esquema.
(0,5) Exemplos do desenvolvimento 1 que fogem das linhas comuns e se adequam a linha mestra sugerida.
(0,5) Exemplos do desenvolvimento 2 que fogem das linhas comuns e se adequam a linha mestra sugerida.
(0,5) Título pertinente e bem relacionado ao texto. 














Como Utilizar Literatura na Redação


Gente, o número de  redações nota dez que faz  uso de referências de  literatura  são muitas. Então aprenda a utilizar essas  referências em seu texto. 
Use por exemplo a ideia de  Severino. Severidade   para  temas como fome, adversidade. 
Ex:  Para  João Cabral de  Melo Neto  somos  muitos  severinos.  Sua  verdade atesta que o problema da  adversidade não é isolado. 
  ou : 
Para João Cabral  a fome mata um pouco  por dia. A verdade do autor apresentada  em sua  obra Morte e Vida  pode  ser ampliada  para o mundo em que muitos são os bilhões de Severinos que morrem  em diversos  lugares do Planeta - da China a Bolívia. 

Aproveite para  ver o filme morte e  vida  Severina em 3D.  Muito bom!!!!!

Se  quiser  trabalhar  o tema  solidariedade  ou individualismo referencie o autor em Tecendo a  manhã. 
O  título  poderia  ser  tecendo a manhã e  a conclusão: 

Para  João Cabral um galo sozinho não tece uma manhã. Assim, ampliando a metáfora não se muda o mundo sem o compromisso de  todos  os homens-galos.....
e  adaptem  como achar melhor!!!!!!