sexta-feira, 31 de maio de 2013

Redação Bahiana 2013 - Aprendendo com quem já sabe


Redação Modelo:
Tema 2 – Função social do médico
Por uma outra conduta

Carol Alcântara 
        
            Amenizar a dor é uma obra divina. Dita por Hipócrates e propagada durante o curso histórico da medicina, tal máxima entra em desuso na era de relatividade e liquidez. Seguindo essa ótica, os profissionais da saúde do século XXI tendem a privilegiar os aspectos técnico-científicos da esfera terapêutica em detrimento dos valores e virtudes humanos inerentes a profissão, ou seja, o ethos de cuidar. No bojo desse dilema, surge o equilíbrio entre a autonomia do paciente e beneficência médica como alicerces para uma relação interpessoal ética.
       
  A banalização da vida, marca da modernidade líquida, torna a relação médico-paciente carente de solidariedade e dos princípios éticos e humanistas idealizados por Hipócrates. Partindo desse pressuposto, adequar-se ao próprio ser humano, mostrando-se sensível às suas angústias e a seu sofrimento não se destaca como conduta modelo entre os profissionais da saúde do século XXI. Desde a violação do juramento médico ao atendimento superficial oferecido àqueles que dependem do serviço público, a égide contemporânea suscita a dissociação entre os aspectos científicos e afetivos na intervenção terapêutica. D1
           
A procura por fazer o bem está na essência do respeito à vida humana. Para além dessa verdade, a Medicina Paliativa ensina: a busca por um atendimento humanizado e não massificado dos sistemas privado e público de saúde emerge como possibilidade de uma intervenção médica baseada nas necessidades que o paciente apresenta no momento do diagnóstico e não somente no conhecimento teórico sobre sua deficiência. Tendo em vista essa premissa, a assistência médica durante a dinâmica do tratamento torna-se essencial para que se estabeleça uma relação de confiança e evite cuidados negligenciados.
           
Em um mundo imerso em crises e incertezas, o relacionamento médico-paciente torna-se alheio aos aspectos subjetivos da condição humana. Diante dessa realidade, a formação técnico–científica aliada à humanização dos profissionais de saúde pode favorecer o atendimento e garantir maior eficácia no serviço. Portanto, mudanças clarividentes no presente poderão fazer com que o médico do século XXI realize com êxito a missão que lhe foi confiada: a de salvar vidas.



Reflexão sobre a Educação para a Vida


Como reflexão deixo as palavras de Bill Gates. 



 11 regras de Bill Gates

 [o que as escolas não ensinam]


Bill Gates, apontado por vários anos como o homem mais rico do mundo, e fundador da Microsoft, foi convidado por uma escola secundária para uma palestra. Chegou de helicóptero, tirou o papel do bolso onde havia escrito onze itens. Leu tudo em menos de 5 minutos, foi aplaudido por mais de 10 minutos sem parar, agradeceu e foi embora em seu helicóptero.
Os itens eram segundo Bill Gates, onze regras da vida que as escolas não ensinavam. Confira:
* Regra 1 – A vida não é fácil: – acostume-se com isso.
* Regra 2 – O mundo não está preocupado com a sua auto-estima. O mundo espera que você faça alguma coisa útil por ele ANTES de sentir-se bem com você mesmo.
* Regra 3 - Você não ganhará R$ 20.000 por mês assim que sair da escola. Você não será vice-presidente de uma empresa com carro e telefone à disposição antes que você tenha conseguido comprar seu próprio carro e telefone.
* Regra 4 - Se você acha seu professor rude, espere até ter um Chefe. Ele não terá pena de você.
* Regra 5 - Vender jornal velho ou trabalhar durante as férias não está abaixo da sua posição social. Seus avós têm uma palavra diferente para isso: eles chamam de oportunidade.
* Regra 6 - Se você fracassar, não é culpa de seus pais. Então não lamente seus erros, aprenda com eles.
* Regra 7 - Antes de você nascer, seus pais não eram tão críticos como agora. Eles só ficaram assim por pagar as suas contas, lavar suas roupas e ouvir você dizer que eles são “ridículos”. Então antes de salvar o planeta para a próxima geração querendo consertar os erros da geração dos seus pais, tente limpar seu próprio quarto.
* Regra 8 - Sua escola pode ter eliminado a distinção entre vencedores e perdedores, mas a vida não é assim. Em algumas escolas você não repete mais de ano e tem quantas chances precisar até acertar. Isto não se parece com absolutamente NADA na vida real. Se pisar na bola, está despedido… RUA !!!!! Faça certo da primeira vez!
* Regra 9 - A vida não é dividida em semestres. Você não terá sempre os verões livres e é pouco provável que outros empregados o ajudem a cumprir suas tarefas no fim de cada período.
* Regra 10 – Televisão NÃO é vida real. Na vida real, as pessoas têm que deixar o barzinho ou a boate e ir trabalhar.
* Regra 11 - Seja legal com os CDFs (aqueles estudantes que os demais julgam que são uns babacas). Existe uma grande probabilidade de você vir a trabalhar PARA um deles.

proposta de Redação Contos de Fadas

Para fazer a proposta primeiro leia a coletânea:

Texto I

O conto de fadas mudou
O talento para trabalhar e sofrer de Cinderela dá lugar a mitos que lutam pela própria felicidade.
As princesas estão de volta – mas desta vez elas não ficam adormecidas aguardando um beijo. Ao descobrir a demanda das mulheres de hoje por novos modelos de comportamento (heroínas independentes e poderosas), as indústrias de entretenimento e de brinquedos repaginaram as personagens para que deixassem de se parecer com donas de casa. O sucesso foi impressionante. A linha Princesas, da Disney, lançadas em 2001, uniu Cinderela, Branca de Neve, Bela Adormecida, Ariel, Bela e Jasmine na mesma série para movimentar US$ 2 bilhões ao ano. Até Cinderela, ícone infantil de submissão que lavava, passava e cozinhava, empresta seu rosto a produtos como laptops para garotas que brincam de ser executivas.
(...)
As novas princesas – como a dos filmes Diário de uma Princesa, 1 e 2 – são adolescentes com interesses pop como quaisquer outras e podem até terminar o filme nos braços de um grande amor mas porque o escolheram (e, não raro, o conquistaram). Qualquer semelhança com a vida atual das mulheres reais modernas não é mera coincidência. “A felicidade não é mais delegada a outro. Não é necessário que algo ou alguém as torne especiais”, diz a professora do Instituto de Psicologia da USP, especialista em relações humanas, Sueli Damergian.
(Texto adaptado, Revista Época, 29/11/2004)
Texto II



Texto III

Ao expressar em palavras e ações os contos de fadas falam das coisas que se passam nas mentes infantis. No conto de “João e Maria” os irmãos são abandonados no meio da floresta por seus pais, por alegarem não ter mais condição para sustentá-los. Os irmãos ficam assustados e com medo. Ao ler esse conto para a criança, oferece-se a ela segurança no que diz respeito a esses medos vividos no dia a dia, pois, os irmãos saem vitoriosos no final da história. Bettelheim (2007) afirma que ao discutir “João e Maria”, o empenho da criança se agarrar aos pais ,  a angustia de separação - o medo de ser abandonado — e o medo de passar fome, incluindo a voracidade oral, não estão restritos a um período particular de desenvolvimento. Tais medos ocorrem em todas as idades no inconsciente; e, assim sendo, esse conto também tem significado e oferece encorajamento a crianças mais velhas (...) os contos de fadas tem um valor importantíssimo ao oferecer novas descobertas na imaginação da criança, o que por si só seria incapaz de descobrir de forma tão verdadeira. Portanto, os contos são importantes para cada etapa da vida da criança, não apenas por serem atraentes e divertidos, mas, também por contribuírem para o desenvolvimento de suas habilidades e conflitos na sua vida adulta.  ( http://www.recantodasletras.com.br/teorialiteraria/3860790)
Proposta de  Redação:
A partir da leitura do texto e considerando sua experiência com o tema e a leitura da obra A Psicanálise dos Contos de Fadas escreva um texto dissertativo sobre o seguinte tema:
As mudanças de valores refletidas nas mudanças do contos de fadas
Você também pode optar pela escrita de um texto narrativo fazendo uma adaptação de um conto clássico para a versão que você imagina que representaria a sociedade do século XXI.

A leitura do livro não precisa ser feita em sua integralidade (bom seria que o fosse). Observe o índice e escolha o capítulo que mais tem interessa. O conto João e Maria está explicado na página 172 e o livro está disponível no endereço abaixo: